sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Pomerode - SC

Em uma pedalada por esta cidade, o pedaço mais alemão do Brasil, o que impressiona é a diversidade de encantos: Mata Atlântica, arquitetura típica, encantadoras paisagens rurais e gente hospitaleira.

Revista Bicicleta por Paulo de Tarso
20/08/2014
Pomerode - SC
Foto: Paulo de Tarso
Pomerode é a cidade mais alemã do Brasil. Colonizada a partir de 1861 por imigrantes provenientes da Pomerânia, ao norte da Alemanha, tem 20 mil habitantes – e cerca de 90% fala alemão. A cidade é bastante simpática, com vários programas para se fazer. Uma famosa atração turística da cidade é o zoológico, fundado em 1932. Atualmente abriga cerca de 600 animais de 155 espécies diferentes, das quais 19 são espécies ameaçadas de extinção. Destaque também para o Museu Pomerano, o Museu do Escultor Erwin Teichmann, a Casa do Imigrante e o Recanto Mundo Antigo.

Com inúmeros rios, campos e mares de morros salpicados por estradinhas de terra em meio a uma rica vegetação de Mata Atlântica, a região oferece as mais diversas opções de pedaladas.
Durante nossa última viagem de bicicleta pelo Vale Europeu, onde atravessamos vários municípios desse admirável pedaço do Brasil, reservamos um dia para conhecer e pedalar pelos mais belos caminhos de Pomerode. A região surpreende pela variedade de paisagens naturais: Mata Atlântica, florestas de Araucárias, campos, lagos, cachoeiras e serras. É um conjunto de cenários de incrível beleza, e também encanta pelas origens étnicas da população, onde as influências e a herança cultural destes povos são visíveis na arquitetura, na culinária, no folclore, nas festas, nas crenças e manifestações religiosas.

A hospitalidade é uma característica marcante e aproveitando essa arte de bem servir, aceitamos o agradável convite da família Rocha, proprietários da Twins Bikes, de Blumenau, e também do Gastão Jr, proprietário da Pousada Blauberg, para uma gostosa pedalada nesse cenário em que as tradições alemãs herdadas são uma característica marcante desta pedalada em pleno Brasil.


A cidade é pequena e comprida. Em cada um dos extremos da cidade existe um belo portal de entrada e saída. O ponto de início de nossa pedalada foi em frente ao Portal da saída para Blumenau e seguimos ao outro extremo da cidade rumo ao portal de saída para Jaraguá do Sul. Atravessamos parte da cidade por uma agradável ciclovia até o início da parte do Caminho de Bicicleta pelo Vale Europeu, após quatro quilômetros, na rua Dr Wunderwald. Dali segue mais dois quilômetros até o início da estrada de terra, entrando na zona rural e logo à frente saímos da rota do Caminho Europeu e começamos uma curta subida, onde fazemos uma parada obrigatória em um curioso boteco na beira da estrada, ao lado de uma agradável cachoeira, decorado com as mais variadas coisas. É o Bar do Coco, onde o simpático proprietário recebe os ciclistas com bananas.

Quando ir
Entre maio a setembro, pois, apesar das baixas temperaturas, o clima é mais firme.
Onde ficar
Pousada Blaumberg, uma pousada confortável e aconchegante onde o filho dos proprietários, o Neto, é mountain biker conhecedor de belos passeios de bicicleta pela cidade – www.pousadablauberg.com.br – tel. 47 – 3387 5064.
Dicas de mais pedaladas na região
Twins Bike Shop – www.twinsbike.com.br 
Tel. (47) 3037 1020
Quem Leva
O Sampa Bikers organiza passeios na região sempre nos meses de julho e outubro. Mais informações no site www.sampabikers.com.br
Planilha do Roteiro
A planilha está disponível no site
www.sampabikers.com.br dentro
do menu cicloviagem / onde pedalar.
O trajeto continua dois quilômetros mais, morro acima, por uma gostosa estradinha de terra batida, em meio à mata. O fim da subida é bem na divisa de municípios de Pomerode  com Blumenau. Dali descemos até a Vila Itoupava. O caminho segue alternando subidas com descidas, sempre pela estradinha de terra batida, acompanhada por um belo visual.
Sofrimento, só com os carros, que passam a toda velocidade, jogando fumaça e levantando poeira. Qualquer sinal com as mãos para redução da velocidade resulta em xingamento ou mais aceleração dos motoristas. Durante o caminho, em muitos momentos se tem a impressão de não estar no Brasil, devido a forte presença alemã visível na arquitetura durante todo o trajeto. Principalmente quando avistamos uma pequena placa na estrada que anuncia a Rota Enxaimel, nome dado ao estilo arquitetônico baseado em estruturas com hastes de madeira encaixadas com vazios preenchidos com tijolos, isso após 23 km do nosso ponto inicial. Várias dessas casas estão identificadas com placas que contam um pouco da história da construção. Após se deslumbrar com a bela arquitetura, finalizamos o gostoso passeio no portal da saída de Pomerode para Jaraguá, após 30 km de pedaladas.
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Circuito Vale Europeu Catarinense

Paisagens que envolvem cultura e natureza, num roteiro tranquilo programado para os amantes do ciclismo, o Circuito Vale Europeu torna-se referência e exemplo de organização para o Cicloturismo.

Revista Bicicleta por Anderson Ricardo Schörner
04/09/2014
Circuito Vale Europeu Catarinense
Foto: Divulgação
Estradas sinuosas, rios, cachoeiras, construções típicas e centenárias, flora e fauna. Tudo isso aliado a hospitalidade de um povo de cultura alemã e italiana, com a educação costumeira de moradores, fazem desse roteiro uma lembrança inesquecível.


Este é o primeiro roteiro no Brasil planejado especialmente para ser percorrido de bicicleta. O trajeto foi traçado de forma a fugir das estradas de asfalto, priorizando assim as estradinhas de terra, mais bonitas e tranquilas. Todas as distâncias, relevo, atrativos culturais e ecológicos foram pensados de forma que o cicloturista tire o máximo proveito de sua estadia no Vale Europeu.


A região onde passa o Circuito possui belíssimas paisagens e uma natureza bem preservada, com muitas áreas de Mata Atlântica ainda intocadas. Nas partes mais altas há também as imponentes araucárias, típicas do Sul do Brasil. A presença da água é um dos destaques deste roteiro, além de ser uma das áreas com maior concentração de nascentes do país. São inúmeras cachoeiras, rios e riachos pelo caminho.


Outro aspecto interessante do Circuito é a marca da cultura européia que se manifesta fortemente nos hábitos e tradições da população. A imigração, inicialmente alemã, seguida da italiana, é visível em muitos aspectos como a arquitetura, a gastronomia, a música e os esportes.

Durante as pedaladas, o cicloturista poderá, por exemplo, observar a arquitetura Enxaimel, proveniente do sul da Alemanha, provar vinhos e queijos produzidos com a tradição italiana e entrar em contato com o modo de vida simples e tranquilo das pessoas do campo.

O Circuito tem um total de 300 km com início e término na cidade de Timbó-SC, a cerca de 30 km de Blumenau. O percurso pode ser dividido em parte alta e parte baixa.

Não esqueça de levar:

- lanche e água para o dia de pedalada.
- agasalhos, por que mesmo no verão a temperatura pode cair bastante.
- capa de chuva, pois as chuvas são distribuídas ao longo do ano todo.
Apesar de ser no sul do Brasil, a região tem dias bem quentes, principalmente no verão. Nesta época, planeje-se de forma a não pedalar nas horas mais quentes do dia.
Evite levar peso desnecessário, mas esteja autossuficiente em termos de ferramentas e peças sobressalentes.
Carregue a bagagem na bicicleta, evite levar peso nas costas.
Equipe a bicicleta com recipientes de água (caramanholas) ou leve mochila de hidratação.
É importante realizar suas reservas nos hotéis e pousadas com antecedência.
Uma vez que as estradinhas do Circuito não são a ligação mais direta entre as cidades, é aconselhável estudar o roteiro, dia a dia, analisando bem os mapas, planilhas e planos altimétricos.
Evite fazer a viagem na época da Oktoberfest pois a região toda fica muito movimentada.
A parte baixa acompanha o vale dos rios e as pedaladas seguem pelas cidades de Timbó, Rio dos Cedros, Pomerode, Indaial, Ascurra, Apiúna e Rodeio. Possui subidas e descidas, é claro, mas retorna sempre a uma altitude pouco maior do que a do nível do mar. Por estas características de relevo, pode ser feito por pessoas que possuam um condicionamento físico razoável e uma certa experiência com bicicleta.
Já na parte alta, o Circuito sobe a serra em direção às represas, que ficam a cerca de 700 m de altitude. É uma região um pouco mais isolada, onde a natureza está muito presente. São frequentes os trechos em que a estradinha estreita se embrenha na mata e permite que o cicloturista fique muito próximo dos pássaros e outros pequenos animais.
O relevo é mais acentuado e exige um bom preparo físico para enfrentar alguns desafios, como os longos trechos de subida, e certa experiência em cicloturismo, uma vez que o roteiro cruza locais menos habitados.
A tradição do ciclismo é também um dos traços da cultura local. Diariamente, famílias inteiras utilizam a bicicleta como meio de transporte. Por isso, o cicloturista é encarado com muita naturalidade e encontra uma ótima receptividade.
Além do Circuito a ser percorrido de bicicleta, a região possui diversas opções e infraestrutura turística para a prática de outros esportes de aventura, como rafting, rapel e caminhadas.


Importante
A retirada do Passaporte e do certificado deverá ser feito na cidade de Timbó (Associação Vale das águas/Thapyoka), situada na Avenida Getúlio Vargas, 201- Centro - Timbó - SC.
Fone: 47 3382.0198 - 47 3382.6811
E-mail: circuitovaleeuropeu@tpa.com.br
Site: www.circuitovaleeuropeu.com.br

Troque o Carro pela Bicicleta

Circular sobre duas rodas é uma tendência


Troque o Carro pela Bicicleta
Divulgação
O sinal fecha, o trânsito pára, e a fila de carros se perde de vista. É a famosa hora do rush. Você está preso no trânsito outra vez. Ao olhar pelo retrovisor, vê um ciclista que pedala tranquilo, e deixa para trás centenas de máquinas potentes. Você respira fundo, e passa a refletir em seus conceitos sobre mobilidade. 
A situação do trânsito atual é reflexo das relações estabelecidas na sociedade. A competição e o individualismo são características recorrentes nos dias de hoje, e geram sentimentos de medo, estresse e falta de tempo. Muitas vezes, o conflito e o desrespeito são conseqüências dessa situação. Vivemos um momento que se caracteriza pela eficiência, velocidade, conforto, prestígio social, mobilidade ilimitada, simbolizado pelas grandes máquinas automobilísticas.
Precisamos ser realistas, e aceitar que o carro é importante em nossas vidas, na economia mundial, em diversas situações de rotina e de imprevistos do mundo moderno. Mas também precisamos entender e aceitar que há motivos bastante fortes para trocarmos o carro por um meio de transporte mais sustentável, saudável e prazeroso em algumas situações.
Neste cenário, a bicicleta se encaixa como uma solução completa. Imagine uma grande cidade na hora do rush. Um ciclista é capaz de continuar pedalando rápido, deixando para trás máquinas potentes, capazes de alcançar uma velocidade dez vezes maior que a bicicleta. Em um engarrafamento, os automóveis andam de 5 a 8 quilômetros por hora, enquanto a bicicleta pode chegar a 15 km/h. Parece contraditório, mas neste caso, onde fica o conforto, a velocidade, o prestígio social e a mobilidade ilimitada?
Toda essa tecnologia e inovação nos trouxeram grandes benefícios, mas também impactos ambientais e sociais, que talvez só agora começamos a perceber e sentir. Hoje, vemos que a sociedade humana tem buscado soluções para viver melhor, para sentir-se em harmonia, e está preocupada com o meio ambiente e nossos recursos naturais. Precisamos viver um momento, agora, que seja caracterizado pela utilização de tecnologia mais suave, economias sustentáveis, harmonia entre a sociedade humana e o meio ambiente, e uma preocupação nada exagerada com os recursos disponíveis, e com as condições do nosso planeta, que necessidades do ser humano.

Por que trocar o carro pela bicicleta?


Circular sobre duas rodas é uma tendência no país inteiro. A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Bicicletas e Similares) estima que mais de 24 milhões de pessoas pedalam diariamente. Destes, mais de 50% usam a bicicleta como meio de transporte principal. O uso da bicicleta, em muitas situações, oferece benefícios para você e para o meio ambiente, inclusive em aspectos que você nem imagina, como a questão do tempo. Comparações realizadas em várias cidades do mundo, em horário de pico do trânsito, comprovam a agilidade da bicicleta, superando carros e ônibus. Ainda, a bicicleta exige um espaço físico bem menor, em relação aos outros meios de transporte. Isso auxilia o tráfego, e também a infra-estrutura necessária para estacionamento e deslocamento.Outra característica da bicicleta é a economia. Quando você troca o carro pela bicicleta, deixa de consumir combustível, troca de óleo, funilaria, auto elétrica, não tem gastos com estacionamento, pedágio e IPVA. A manutenção e compra de peças e acessórios é barata, principalmente se for comparada aos custos do carro.
Mas a principal mudança é com relação à saúde: sua e do planeta. Ao optar pela bicicleta, você se exercita, movimenta o corpo, e beneficia seu estado emocional. Quando você pedala até o trabalho e não precisa enfrentar sinais que fecham vinte metros à sua frente, não se preocupa com um assalto ao seu carro, e não fica tenso com o trânsito, a produtividade aumenta.
Para a saúde, as vantagens das pedaladas também têm peso considerável. A pessoa perde os quilos extras, ganha massa muscular, aumenta a capacidade cardiorrespiratória e sente um bem-estar incrível, garantem os especialistas. E nem precisa tanto esforço. Se você for de bicicleta até o supermercado ou à padaria diariamente, já estará dando adeus ao sedentarismo e suas complicações. Atividades físicas regulares ajudam a prevenir doenças cardíacas, AVCs, hipertensão, controle de diabetes, auxilia na resistência aeróbica e ativa a musculatura de todo o corpo. Diminui a ocorrência de doenças crônicas, e é indicado para todas as idades, colaborando para um aumento da expectativa de vida.
A diminuição do estresse e as endorfinas liberadas pelo exercício relaxam o corpo e a mente, melhoram o humor e o bem estar.
Para a saúde, as vantagens das pedaladas também têm peso considerável. A pessoa perde os quilos extras, ganha massa muscular, aumenta a capacidade ardiorrespiratória e sente um bem-estar incrível, garantem os especialistas. E nem precisa tanto esforço. Se você for de bicicleta até o supermercado ou à padaria diariamente, já estará dando adeus ao sedentarismo e suas complicações. Atividades físicas regulares ajudam a prevenir doenças cardíacas, AVCs, hipertensão, controle de diabetes, auxilia na resistência aeróbica e ativa a musculatura de todo o corpo. Diminui a ocorrência de doenças crônicas, e é indicado para todas as idades, colaborando para um aumento da expectativa de vida.
A questão ambiental é ainda mais relevante. No Brasil, os veículos automotores ocupam o primeiro lugar entre os grandes vilões do aquecimento global. Mais de 85% das emissões de substâncias poluentes vêm dos escapamentos. Em São Paulo, a poluição mata indiretamente vinte pessoas por dia, agravando ou acelerando problemas de saúde como infarto, acidente vascular cerebral, pneumonia, asma e câncer de pulmão. Ao trocar o carro pela bicicleta, uma pessoa deixa de lançar no ar cerca de 6 quilos de gás carbônico a cada 30 quilômetros: a distância média que uma pessoa motorizada percorre numa grande cidade. Parece pouco? Em um ano, uma pessoa, sozinha, deixaria de lançar quase 2 toneladas de gás carbônico na atmosfera. Agora, multiplique por 1 milhão de pessoas, e teríamos 2 milhões de toneladas a menos de gás carbônico na atmosfera!

O que fazer?

Em 1973, o mundo se viu diante da primeira grande crise de petróleo. Em países como Holanda e Dinamarca, os meios de comunicação anunciaram a bicicleta como uma boa alternativa de transporte. Os governos espontaneamente criaram espaços para ciclistas. No Brasil, em 2004, o Ministério das Cidades lançou o Programa Brasileiro de Mobilidade por Bicicleta. Esse programa serve de orientação para os municípios que pretendem ampliar os espaços para o uso deste meio de transporte. Os resultados já começaram a aparecer: saímos de 99 para 276 municípios com algum tipo de via para bicicleta. Com certeza, ainda há muito para ser feito, e os órgãos governamentais precisam planejar e executar ações que incentivem o uso da bicicleta, oferecendo espaços apropriados para circulação, estacionamento e segurança. Andar de bicicleta é uma questão de política pública, e cabe a nós cobrar medidas nesse sentido. Mas, além disso, nós precisamos fazer a nossa parte.

Vantagens da bicicleta sobre o automóvel!

  • Poluição Sonora e atmosférica iguais a zero: produz pouquíssimo ruído, e não emite nenhum gás. 
  • A velocidade de deslocamento está adaptada às capacidades de percepção, reação e assimilação humanas. O carro, por exemplo, se desloca a uma velocidade muito acima da capacidade humana de processar dados e tomar decisões com segurança.
  • A bicicleta oportuniza a atividade física necessária para a saúde e o bem-estar geral da pessoa.
  • Andar de bicicleta meia hora por dia aumenta o metabolismo em cerca de oito calorias ao minuto, consumindo mais de dez quilos de gordura por ano.
  • Sua fabricação consome pouca energia e matéria-prima, a tecnologia empregada é visível e o funcionamento é de fácil compreensão. O próprio usuário consegue fazer pequenos consertos, e é possível, em grande parte, reciclar.
  • Para percorrer 1000 km de bicicleta, é gasto a quantidade de energia correspondente a um litro de gasolina. 
  • Deslocando-se a 15 km/h, um ciclista gasta uma quantidade de energia menor do que aquela que é gasta por um carro apenas para manter os faróis ligados.
  • Na bicicleta, o “motor” tem sua força, eficiência e durabilidade aumentadas, quanto mais ele é usado.
  • Uma infra-estrutura simples e barata é suficiente. Há pouca exigência de espaço físico.
  • A consciência é influenciada positivamente, através da vivência direta do meio ambiente (por exemplo: percepção de odores, temperatura e mudanças de umidade, ao atravessar um trecho de mata).
  • Fomento à capacidade de se conectar socialmente, através do contato visual e auditivo permanente com os demais participantes do tráfego.
  • É indicado para todas as idades, pode ser utilizável por crianças e idosos.
  • Frustração e estresse podem ser transformados em propulsão útil - ao invés de se depositarem prejudicialmente nas artérias.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Dicas para ir de bicicleta ao trabalho


Foto: Auremar
Motivos para trocar o carro pela bicicleta para ir trabalhar não faltam. Engarrafamentos transformam os pequenos deslocamentos em verdadeiras viagens; sair da vida sedentária e incluir uma atividade física no dia a dia é outro bom motivo para adotar a bike como meio de transporte: mesmo que o objetivo seja apenas o deslocamento, e não o exercício em si, o fato de estar em movimento ao ar livre traz benefícios duradouros.
Na teoria, tudo perfeito... Na prática, não é bem assim, pois existem desafios e cuidados que devem ser tomados ao usar a bici. Então, acompanhe algumas dicas que podem lhe ajudar a enfrentar os obstáculos nessa mudança ao adotar a bicicleta como veículo para ir ao trabalho.

1. Tome a iniciativa

Você sempre usou o carro pra tudo. E por inúmeras razões: um dia está chovendo, no outro,    tem          
que pas- sar no supermercado, ir ao ban- co ou a uma reunião importante... Mas você não aguenta mais e quer deixar o carro em casa! Como? Tome a iniciativa: convença-se, acostume-se com a ideia e comece a fazer a substituição do carro pela bicicleta aos poucos. Esteja mentalmente preparado para o esforço que o percurso exigirá. Saia da zona de conforto e escolha o melhor para o seu corpo e para a sua mente. Informações sobre os benefícios do uso da bicicleta e sobre o impacto negativo do excesso de carros nas ruas o ajudarão a tomar essa importante iniciativa.

2. Procure outros ciclistas

Conheça outras pessoas que também usam a bicicleta para se locomover. Converse sobre as principais dificuldades que eles enfrentam nas ruas, como eles fazem a escolha do percurso até a empresa, enfim, dê uma polida no seu olhar sobre a bicicleta, com base na experiência de quem já a utiliza. Essas informações serão valiosíssimas para a sua iniciação. Conheça a história de outros ciclistas para se motivar, saiba que existem desafios mas concentre-se sempre nos aspectos positivos.

Respostas para desculpas clássicas

1: Estou fora de forma. Comece com percursos menores em um ritmo leve. Faça um teste no final de semana e pedale até a empresa, sem compromisso de horário. Quanto mais você utilizar a bicicleta, mais rapidamente entrará em forma.
2: É muito demorado. Um ciclista pedala em média a 16 km/h. Em distâncias de até 6 km, em áreas urbanas, a bicicleta é mais rápida do que o carro. Em distâncias mais longas, há que se considerar o fato de já estar realizando um exercício físico durante a locomoção, ou seja, você não precisa chegar em casa e ir para a academia etc.
3: É muito longe. Se achar que não dará conta de pedalar todo o trajeto, considere a ideia de pedalar até a estação de ônibus, metrô, ou até a casa de um colega para pegar carona. Quando se sentir mais confiante, experimente percorrer todo o trajeto: você vai ver que o “gigante” não é tão grande assim.
4: Não há lugar para estacionar a bicicleta. Veja se você pode deixar a bicicleta em um almoxarifado seguro, dentro da empresa, ou usar bicicletários em prédios ou garagens vizinhos. Se houver mais colegas que sentem a necessidade de um bicicletário na empresa, faça um pedido formal ao seu superior.
5: Minha bicicleta é muito velha. Desde que a parte mecânica esteja em ordem, com tudo funcionando, ter uma bike mais antiga pode até ser um ponto positivo, pois ela será menos visada em um roubo do que uma bicicleta top. Independente de qual bike você usa, a manutenção deve estar sempre em dia, para a sua segurança.

3. Atenção à sua saúde

Você começou a olhar com carinho para as magrelas que circulam naquela ciclovia em frente à empresa. Mas alto lá! Antes de sair pedalando como um louco, faça a coisa certa: visite um médico. Uma avaliação clínica geral é importante para orientar a forma correta da prática do exercício e resguardar a sua saúde, sugerindo a intensidade e o volume das atividades de acordo com os seus limites e orientando sobre os cuidados necessários para evitar lesões. * (Leia mais orientações sobre saúde na matéria Tenha uma Smart Atitude!, na edição agosto/2011).

4. Faça um Bike Fit

Com o ok do médico, procure um Fitter e ajuste a sua bicicleta ao seu biótipo, garantindo o conforto necessário para pedalar. Um profissional lhe indicará o posicionamento ideal e a bicicleta adequada para o seu corpo, o que além de saudável, é importante para o seu bem-estar. Isso fará toda a diferença entre você continuar usando a bike, ou desistir pelos incômodos do não ajuste correto.

5. Invista em seu veículo

Agora está quase tudo pronto. Você já decidiu usar a bike, fez os exames médicos e o bike fit. Agora, é hora de investir. Com a orientação do seu Fitter, compre ou adapte a sua bicicleta e os acessórios certos para que o seu status de ciclista perdure sem dores ou ressentimentos. Cuidado, também, com a sua segurança. Compre um bom capacete, luvas, pondere a necessidade de adquirir um alforje e use sempre os itens obrigatórios, que segundo o Código de Trânsito Brasileiro, são a campainha, a sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais e espelho retrovisor do lado esquerdo. Além disso, é bom ter um suporte para a caramanhola, uma bomba e ferramentas para reparos rápidos. Comprar uma boa bicicleta e bons acessórios não é um gasto, é um investimento - saudável e sustentável. Para diminuir os riscos de ser roubado ou assaltado, uma boa ideia pode ser camuflar a bike, não deixando adesivos da marca à mostra, por exemplo. E quando for à bicicletaria, invista também em um bom cadeado, que pode ser com chave ou segredo e no mínimo irá dificultar o trabalho do ladrão.

6. Compre no lugar certo

Procure sempre especialistas. Nesse caso, procure lojas especializadas com atendentes que também pedalam, que têm conhecimento sobre todos os aspectos que envolvem o uso da bicicleta. Profissionais da área não irão querer empurrar qualquer equipamento: se você for comprar a bike e os acessórios em uma bicicletaria, contará com um atendimento diferenciado, que irá orientar a compra conforme as suas necessidades. Lojas e oficinas organizadas, conhecidas pela qualidade e pela paixão pela bicicleta, são garantia de bom atendimento.

Vantagens em ir trabalhar de bike

Há desvantagens? Sim, como a falta de respeito e de infraestrutura para maior segurança no trânsito, e o “trabalho a mais” com a questão da higiene. Mas analise as seguintes vantagens:
- Economia: de dinheiro, de tempo e até de espaço. Não é preciso abastecer, a manutenção custa muito menos, não há gasto com estacionamento - aliás, não é preciso ficar caçando uma vaga pois o espaço que a bike exige é muito menor. Além disso, em trechos curtos dentro da cidade, você ainda economiza o tempo que ficaria preso no trânsito.
- Condicionamento físico: por ser um transporte ativo, a bike proporciona a prática do exercício físico e isso reflete em sua resistência, em seu peso e saúde em geral.
- Motivação: a endorfina liberada no exercício físico tem impacto também na questão psicológica, pois combate a ansiedade, o estresse e a depressão. Ir ao trabalho vai ser a melhor parte do seu dia e você vai chegar mais disposto e motivado.
- Menos poluição: além da poluição do ar, a poluição sonora das estradas é cada vez mais prejudicial. De bicicleta, você pode escolher caminhos alternativos, menos movimentados: além de ser mais seguro, é um ambiente menos poluído e isso vai te fazer muito bem. E, claro, você não estará poluindo!
- Sociabilidade: a bicicleta é um veículo sociável, porque permite um contato maior com as pessoas e com o meio. Além disso, pedalar é divertido e o bom-humor permite criar contatos mais saudáveis e positivos.
- Trânsito mais seguro: em um carro, se você se distrair (como quando for mudar a estação do rádio ou pegar algo no porta-luvas), ou acontecer algum problema mecânico, você estará colocando a sua vida e a vida de outras pessoas em risco, diferente do que acontece com a bicicleta: claro que você pode cair e se ralar um pouco, mas dificilmente colocará a vida de outra pessoa em risco.

7. Cuidado com a roupa

As novas aquisições te deixaram radiante e você já deve estar testando a bicicleta em pequenos trajetos nas horas de folga. Mas para ir trabalhar, vai precisar tomar cuidado com a roupa usada para pedalar. A primeira questão é usar roupas que te deixam visível no trânsito. Outro ponto é que, mesmo ao andar devagar, é normal transpirar um pouco e, estando ao ar livre, a possibilidade de se sujar é maior. O ideal, então, é ter uma peça de roupa no local de trabalho, ou levá-la em seu alforje. Cobre da sua empresa um lugar específico para guardar a bicicleta, um ambiente adequado para trocar de roupa e até mesmo um chuveiro. Se essa infraestrutura não estiver disponível ainda, uma e-bike pode ser usada para minimizar o problema da transpiração: você pode chegar ao trabalho sem fazer muito esforço e deixar as pedaladas para a volta pra casa. Se o percurso não for muito longo ou o ambiente não exigir muito requinte, você pode até ir pedalando com a roupa de trabalho.

8. Tenha o controle do seu tempo

A sua relação com a bike está evoluindo e você já a apresentou aos colegas do trabalho. Também percebeu que ao usar a bicicleta, o tempo de deslocamento é muitas vezes mais rápido que o carro, e independe dos congestionamentos das vias, ou seja, você sabe quanto tempo levará para chegar na empresa. Agora, use isso a seu favor. Tenha sempre alguns minutos de folga para se recompor antes de começar a trabalhar, além de ter um tempinho caso um imprevisto acontecer: será a diferença entre começar o dia descontraído ou atropelado. Você também pode impor um ritmo mais lento para se deslocar, a fim de não transpirar tanto. E por último, usar vias secundárias, mais tranquilas para realizar o trajeto, além de mais seguro, pode ser mais rápido e lhe garantir ainda mais tempo: um bem tão escasso hoje em dia.

9. Acompanhe a previsão do tempo

Absolutamente não é legal chegar ao trabalho todo molhado. Crie o hábito de dar uma olhada na previsão do tempo e esquematize um plano emergencial, caso chova. Quando nublar, leve uma capa de chuva e uma roupa específica para o caso da água despencar. Se for possível, deixe uma roupa reserva na empresa. Outra possibilidade é conjugar o percurso com outros modais, escolhendo transportes coletivos com estacionamentos específicos para a bicicleta ou que permitam o seu transporte. Nesse caso, uma bicicleta dobrável te dá mais portabilidade. Não esqueça de ter sempre uns trocados junto, para essas ocasiões. Com o tempo ensolarado, não esqueça do filtro solar e de se hidratar regularmente.

10. Passe a ideia adiante

A barriga diminuiu, o entusiasmo aumentou, você conheceu ruas da sua cidade que nunca tinha visto, ganhou tempo e andar ao ar livre faz você parecer mais vivo. Até o sentimento de estar fazendo a sua parte pelo meio ambiente ficou mais aguçado. Bem-vindo ao clube, parceiro(a). Agora, não seria a hora de incentivar mais pessoas a pedalar? Aproveite a hora do cafezinho para falar sobre os benefícios de usar a bicicleta e elas reforçarão a voz no pedido por mais infraestrutura, tanto pública (ciclovias, estacionamentos públicos seguros, etc.), quanto privada (chuveiro, armários, bicicletário, etc.), tornando a vida de todos os ciclistas mais segura. Você estará tirando mais carros das ruas, auxiliando outras pessoas a despertarem para o uso da bicicleta e isso só enriquecerá ainda mais a sua qualidade de vida.

Com 30 reais por dia, casal do DF viaja de bicicleta e conhece 13 países

Publicitária e administrador de redes venderam carros e deixaram emprego. Roteiro começou a ser executado em 17 de maio e inclui Europa e Ásia.

http://revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?com_30_reais_por_dia_casal_do_df_viaja_de_bicicleta_e_conhece_13_paises&id=31346 

Bom dia boa vida!

O segredo para se viver mais e melhor é muito simples: é só comer a metade, pedalar o dobro e rir o triplo!


Bom dia boa vida!
Foto: Paffy1969
Parece uma regra matemática - e não deixa de ser uma ‘regra de três’ - mas na verdade é um segredo para um bom dia e, consequentemente, para uma boa vida, pois quando incorporamos os cortes e dobramentos de maneira correta em nosso cotidiano teremos mais chances de acertar a longo prazo.
Muitos começam a atividade física para perder peso, aliam as pedaladas, os cortes na alimentação e  sacrificam os prazeres de um chocolate em prol da boa forma. Mas atividade física sem alimentação correta não rende.
Comer pela metade pode não ser diminuir a quantidade de comida que você ingere, mas diminuir a velocidade com que você ingere. Leva mais tempo, mas saborear o alimento aumenta a saciedade, acabando com aquela fome descontrolada que te leva a comer mais e mais. Por isso, deixe a velocidade para a bicicleta!
Estamos mais acostumados a reduzir e cortar pela metade as despesas, o trabalho, o lazer, os estudos, etc. O convite de dobrar uma situação pode vir com uma recusa em primeira instância, mas na medida em que a ideia fica mais confortável, será difícil voltar a cortá- la.
A correria do dia a dia muitas vezes nos limita a pedaladas nos finais de semana. Quanto tempo você tem disponível para pedalar? Uma hora? E por causa de um programa de televisão você a reduz para 30 minutos? Experimente se organizar, dobrar esse tempo e se autopresentear deixando-se levar pela bicicleta, seu sentimento de liberdade, e descarregar as pressões da semana por vários quilômetros sobre duas rodas.
Quando estamos pedalando, o tempo costuma passar mais rápido, as ideias fluem melhor e a concentração aumenta: dedique o dobro do seu tempo para um par de luvas, capacete e uma linda trilha.
O riso é um grande estimulador de endorfina, hormônio responsável pelo humor e sensações, que ainda ajuda a sintetizar a adrenalina. Tente começar a pedalar com uma boa dose de risadas, no ápice da atividade não haverá alguém mais feliz do que você.
Quando nos encontramos com os amigos para pedalar, sempre há aquele que brinca com a turma e inevitavelmente arranca risadas de todos. Além de trazer um novo ânimo para o seu dia, ele também está contribuindo para a sua vida, ajudando no alívio do estresse e economizando cremes antirrugas - o sorriso é um excelente exercício facial.
Como dizia Carlos Hilsdorf: "Contagie as pessoas com seu bom humor! O pior dos dias é sempre aquele em que não houveram risos".
Os laços que criamos são feitos pela simpatia. Prender o outro pelo sorriso é uma dádiva que todos nós temos, só precisamos libertá-la. Então não perca a oportunidade de rir: ria o triplo e perceberá os resultados antes mesmo do que imaginava.
Percebemos assim a simplicidade deste segredo e seus desdobramentos. Agora é hora de aproveitar, como uma criança que vai até a garagem, pega a sua bicicleta e sai em disparada para a rua, sem cobranças e pelo simples gosto de pedalar.

Como Passar Marcha

Como Passar Marcha

As marchas surgiram para facilitar e não para complicar! Aprenda como funciona e pratique. Você só tem a ganhar!



Como Passar Marcha
Foto: Pedro Salaverría
possibilidade de mudar as marchas da bicicleta trouxe uma revolução, uma vez que permitiu que um maior número de pessoas conseguisse subir montanhas, andar mais rápido e cobrir uma maior distância sem se cansar tanto - benefícios antes restritos apenas para atletas preparados.

Cadência = Velocidade em que Gira o Pedivela

Para conseguir ter várias marchas, foi criado o sistema de transmissão. Então, o cassete nada mais é que várias engrenagens de diferentes tamanhos, colocados na roda traseira. Através do câmbio traseiro se pode alterar em qual catraca a corrente estará girando. Já no pedivela, são usadas diferentes coroas, com exatamente a mesma função e acionadas pelo câmbio dianteiro. Pronto! Através do sistema é possível ter diferentes marchas sem a necessidade de trocar a roda inteira da bicicleta. Uma revolução!

Conhecendo Seu Sistema

Para trocar as marchas é preciso acionar o passador (ou trocador), que está no seu guidão, ao lado do freio. Dependendo do seu sistema, as mudanças de marcha são feitas através de uma alavanca, duas ou girando (veja o artigo Entenda Melhor Passadores na pág. 58). Descubra em sua bike como fazer para diminuir e aumentar a marcha com o seu passador. Uma coisa que é comum em todos os sistemas é que o lado direito controla a mudança de marcha no cassete (roda de trás) e o lado esquerdo controla a mudança de marchas no pedivela. Descubra como seu sistema funciona e se habitue a ele. O processo deve ser automático na sua cabeça.

A Marcha Certa

Um dos principais erros de quem começa a andar em bicicleta com marcha é querer saber qual a marcha correta para uma determinada situação. A pergunta mais comum é: “Qual marcha eu tenho que colocar para subir ladeiras ?” Isso não existe! Uma analogia que é feita é que as marchas da bike são como as marchas do carro. Como você sabe quando trocar a marcha do carro ? Você percebe que o carro está tendo dificuldade ou facilidade! A diferença é que o motor da bike é o próprio ciclista e cada um é mais ou menos forte do que outro. Vai ter ciclista que se sentirá confortável subindo com uma marcha mais pesada ou mais leve que outro, em uma mesma ladeira. Também como no carro, não é preciso esperar uma ladeira para trocar de marcha - elas foram feitas para serem trocadas com frequência, dependendo da sua velocidade, cadência, o quanto você está cansado e da inclinação do terreno. Troque de marcha sempre que achar adequado. Na pior das hipóteses, você apenas voltará para a marcha que estava anteriormente.

Passando Suavemente

O sistema de transmissão é o que mais sofre desgaste na bicicleta. Além de mantê-lo limpo e lubrificado para diminuir o desgaste, é preciso estar atento para a mudança de marchas. Para trocar de marcha, independente de qual, é preciso estar pedalando. Apenas acionar a alavanca não faz com que a marcha seja alterada nos sistemas atuais. Você pode acionar a marcha sem estar pedalando, mas pedale o quanto antes para que a mudança seja efetivada.
Não mude de marcha se você estiver fazendo muita força no pedivela. O exemplo mais clássico é quando o ciclista entra em uma subida inclinada e não se antecipa para diminuir corretamente as marchas. Nesses casos, o pedivela acaba ficando pesado e a tendência é que ele pedale em pé, fazendo muita força e tente diminuir as marchas. Quando isso acontece, é comum ouvir um estalo alto e  isso é muito prejudicial, podendo até estourar a corrente. A dica é que quando faça mudança nesta situações, tente aliviar por um momento a força feita nos pedais até que a mudança seja efetivada. Outra alternativa é, quando possível, mudar a direção da bike para a diagonal ou mesmo perpendicular à subida, para que seja possível pedalar de forma mais leve apenas para a mudança da marcha.  O ideal mesmo é antecipar as mudanças de marchas para evitar essa situação, o que pode ser aprendido com experiência.

Não “Cruze” A Corrente

Esse é outro erro comum e pouco compreendido. Quando a corrente está na maior coroa e maior catraca do cassete e vice-versa, ela não está mais trabalhando em linha reta e essa situação é indesejável, pois quanto mais fora de linha reta, maior desgaste na transmissão. Neste momento surge outra pergunta: “Então eu não posso usar todas as marchas da bicicleta?” Não deve! Porém, isso não é um problema, uma vez que existem combinações de marchas que geram o mesmo torque ou bem próximos, isto é, uma bicicleta de muitas marchas vai ter algumas equivalentes. Para não “cruzar” a corrente, é preciso se habituar com a regra geral que diz que ao usar a coroa pequena, você não deve usar nenhuma catraca abaixo da 4ª maior. No caso da coroa do meio, é aceitável usar todas as marchas do cassete, exceto as duas últimas de cada lado, e no caso da coroa grande, o ideal é que não se passe da 4ª menor. Veja o diagrama para entender melhor.

Foto ciclista: Pedro Cury